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Redação

Data

February 1, 2023

Sumário

A crescente necessidade de tornar as empresas socialmente responsáveis é crucial para o futuro.

Responsabilidade social nas empresas: branding ou consciencialização?

Cada vez mais se fala da necessidade de tornar as empresas socialmente responsáveis e, com isso, envolvê-las em atividades de responsabilidade social.

Foi consciente da carência dessas práticas que, em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu, como agenda para 2030, dezassete objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) para a humanidade, objetivos esses nos quais as empresas e instituições se têm apoiado para a criação de medidas de responsabilidade social corporativa.

Mas, afinal, o que é isto da responsabilidade social corporativa (RSC)? O que engloba?

De forma sintética, a RSC é a integração voluntária de práticas sociais, económicas e ambientais na estrutura das organizações. Aborda temáticas que estão na ordem do dia como diversidade, inclusão, e ambiente, mas também necessidades como a melhoria das condições de trabalho, acesso à saúde e educação, e ainda a promoção da paz, justiça e inovação.

Mas qual o propósito? O de que as organizações, dentro daquilo que são as suas possibilidades, consigam gerar valor na sua estrutura e negócio que vá para além de lucros e emprego, e que tomem uma posição social de preocupação para com o futuro.

- Em troca, as empresas podem assinalar alguns aspetos positivos ligados à implementação de tais práticas:

- Melhoria do sentimento de pertença dos seus colaboradores, que ao serem envolvidos nas iniciativas não só estão a participar em atividades em equipa como podem sentir orgulho na marca que representam;

- Atratividade organizacional para novos talentos, quando comparada com empresas que não implementam medidas de RSC. Que pode ser particularmente relevante quando o objetivo é a atração de talento das gerações Y (millennials) e Z, mais preocupadas com causas sociais e ambientais, mas que, numa tendência crescente, se pode vir a verificar ainda mais com as gerações seguintes;

- Visibilidade perante atuais ou potenciais novos parceiros e clientes, que podem ter conhecimento da existência dos serviços através destas atividades, ou que, perante um momento de indecisão resultante de uma vasta oferta no mercado, podem preferir fidelizar-se a uma empresa socialmente responsável;

- Valorização da sua marca, como consequência de todos os pontos anteriores, pois se a organização transmitir a sua índole mais humana e de respeito pelos princípios da sociedade irá estar associada a uma reputação que se poderá traduzir num aumento do negócio e numa consequente valorização económica;

- E porque, em última instância, as empresas são feitas de e para pessoas, garantindo a possibilidade da participação ativa das mesmas na melhoria da sociedade. Pois a RSC não se trata de uma estratégia de branding, mas de uma tomada de consciência de que a organização pode atuar como agente promotor de mudança para um mundo melhor.

Não se pense, porém, que a implementação de medidas de RSC não traz consigo alguns desafios para as organizações. Nomeadamente, o de promover o envolvimento de todos colaboradores nas iniciativas propostas, ou mesmo o de conciliar a implementação destas medidas com um contexto económico global como aquele que se prevê para 2023. Espera-se que, apesar de tudo, tais desafios possam acabar por ser superados, tendo em conta os benefícios para todos os envolvidos, sempre com o pretexto de que as organizações não desistam de tomar estas iniciativas.

Daniela Ventura, Talent Aquisition, Decode